segunda-feira, 6 de maio de 2013

Alguns mitos sexuais


PREOCUPAÇÕES DESNECESSÁRIAS CAUSADAS PELOS MITOS SEXUAIS.



Em pleno século 21, com tantas informações disponíveis seja através de livros, internet etc., ainda há homens e mulheres, principalmente jovens, presos a  mitos relacionados a sexualidade.
Os mitos sexuais criam obstáculos para uma vida sexual saudável por puro desconhecimento e crenças errôneas.

Tamanho do pênis

Um mito comum dentre muitos outros,  é o que diz respeito ao tamanho do pênis. Ainda há muitas pessoas com a ideia equivocada de que o grau de masculinidade e de prazer no sexo está ligado aos centímetros do órgão sexual.

A medida do pênis nada tem a ver com virilidade. Ter essa questão de centímetros bem resolvida, evita "encucações" desnecessárias, até porque, as regiões da vagina da mulher que são sensíveis ao prazer como o clitóris, encontram-se próximas a entrada do canal vaginal,  e o polêmico ponto "G" localiza-se a mais ou menos 5 cm. da parede interior frontal da vagina (vide figura 1), ou seja, os centímetros iniciais da vagina concentram a maior parte das terminações nervosas, responsáveis pelo prazer. Portanto, um pênis não considerado grande possui condições de estimular uma mulher.

Assim sendo, aquela história de que quanto mais comprido o pênis, maior é o prazer da mulher não passa de mito. Trata-se apenas de um fator psicológico que estimula o imaginário feminino,  nada mais que isso. 
É bom salientar, que um pênis de comprimento acima da média é motivo de queixa por parte de algumas mulheres, por causar incômodo e desconforto, uma vez que a média de profundidade da vagina da mulher é de apenas 12 cm, sendo que em estado de excitação pode chegar no máximo a 16 cm.
Nesse sentido, aqueles antigos e conhecidos ditados populares tem um fundo de verdade ao dizerem: 
"Não importa o tamanho da vara, e sim a mágica que faz", ou "Não adianta ser grande e bobo", ou ainda, " tamanho não é documento". O importante é saber usar a ferramenta, ser um bom amante. O amor, a paixão e a química que há entre o casal interessa muito mais que questões ligadas a tamanho.
                     
figura 1



Segundo os pesquisadores e sexólogos  Masters e Johnson, o tamanho padrão do pênis de um adulto quando ereto mede entre 12 a 17 cm. ( essa medida não está relacionada com a estatura ou porte físico do homem, portanto um adulto baixo e magro pode ter o mesmo tamanho do pênis de um homem alto e forte, e vice-versa).

Com relação ao Brasil, pesquisas da Sociedade Brasileira de Urologia revelam que o tamanho do pênis quando ereto de 90% dos brasileiros é de  de 12 a 16 cm., ou seja, é uma medida normal e que não tem nada a ver com aqueles exageros apresentados em vídeos pornôs.
Já a circunferência do pênis (grossura),  pode proporcionar mais prazer porque a largura extra aumenta a fricção e pressão nas paredes vaginais, o que contribui para aumentar a excitação da mulher.


Número de relações sexuais

Outro mito refere-se ao número de relações sexuais consideradas ideais que um casal deve manter.
Há aqueles contadores de vantagens que gostam de espalhar para a turma a quantidade de sexo que fazem por semana.  Quem gosta de alardear essas proezas denota ser uma pessoa imatura e com necessidades de auto afirmação, portanto, nem sempre o que dizem é verdade.
Sexo não é uma maratona ou competição, o que realmente  conta é a satisfação e não a frequência, ou seja, vale mais a qualidade do que a quantidade, não importa que seja uma ou mais vezes por semana. O sexo somente será prazeroso se houver clima, espontaneidade e tesão, sem auto cobranças. 

Outro mito comum diz respeito aos homens que falham na hora "H". 

Apesar das orientações de especialistas e de toda informação disponível em livros, revistas e na internet, as temidas "broxadas" masculinas é algo que ainda preocupa algumas pessoas por pura desinformação.
Afirmar que homem não pode falhar no sexo é mito. Aquelas conversas de bar de que "homem que é homem não broxa" ou entre amigas, arrasadas e inconformadas porque o parceiro falhou na cama deve-se a conceitos antigos e retrógrados sobre o comportamento sexual masculino. Ainda existe a crença errônea de que os homens precisam estar sempre prontos para o sexo.  

Segundo especialistas, falhas ocasionais são normais e não devem ser supervalorizadas. O corpo não é de aço e está sujeito a limites orgânicos e psicológicos. Desde que não sejam falhas recorrentes não há motivos para preocupação, entretanto, se as broxadas forem frequentes, é recomendável  a procura de um médico urologista ou andrologista para uma avaliação.
Mulheres também broxam, bem mais que os homens, porém, de forma não tão explícita quanto eles.

O homem é o único responsável pelo orgasmo da mulher


Essa afirmação é falsa. É mito.
O homem pode facilitar, e contribuir muito para que ocorra o orgasmo da parceira, porém, cada pessoa é responsável pelo seu próprio orgasmo.
As mulheres respondem de maneira diferente aos estímulos sexuais, ou seja, o que para uma pode ser prazeroso, para outra já não é tanto. Dependerá também, do momento, do clima, do envolvimento e da entrega emocional e sexual  da mulher.
De nada adiantará o homem fazer o possível e o impossível se a mulher não se soltar, e permanecer bloqueada. 

Aparência física e o sexo

Relacionar beleza física ao desempenho sexual, também é algo que não tem nada a ver. Muitas pessoas ficam preocupadas, principalmente as mulheres, por não atenderem aos padrões de beleza impostos e divulgados pela mídia. Acham que por isso, não serão desejadas ou admiradas pelos homens. Vale lembrar que através do photoshop o corpo da mulher, principalmente das modelos e celebridades é mostrado de forma irreal em campanhas publicitárias e revistas, além de toda a produção a que elas são submetidas para disfarçar as imperfeições. 
Ao acordarem pela manhã, sem maquiagem e sem qualquer tipo de disfarce, percebe-se que elas não eram tudo aquilo que aparentavam ser.

À primeira vista, o contato visual chama a atenção, porém, depois que o relacionamento avança, aí é o conteúdo interno que sobressai. Fatores como caráter, simpatia, inteligência, carisma e a personalidade como um todo se tornam mais importantes.
Independentemente da beleza física, o que importa é a sintonia emocional e a química que há entre o casal, chamem isso de amor, tesão, não importa o nome que dermos. A beleza externa não dura para sempre. 

Ejaculação e volume do esperma

Mais um mito: Cadê o esperma? Uma preocupação desnecessária. O que importa é curtir o momento.  

O fato de ser comum o orgasmo ocorrer juntamente com a ejaculação, não significa que necessariamente essas duas situações devam ocorrer sempre ao mesmo tempo. O orgasmo é uma resposta sensorial, o auge da excitação, enquanto que a ejaculação é apenas a eliminação do esperma. O sexo tântrico ensina os homens a gozar sem ejacular para prolongar o ato sexual, o que comprova que uma coisa não tem necessariamente a ver com outra, no entanto, quando não há ejaculação ou o volume ejaculado é pouco, algumas mulheres ficam frustradas por acharem que não foram capazes de satisfazer  o parceiro, ou que ele não sentiu tesão por elas, o que necessariamente não é verdade, tanto é, que homens que passaram por cirurgia para remover a próstata e as vesículas seminais devido a existência de câncer, geralmente perdem a ejaculação, mas não o orgasmo. Alguns pacientes costumam dizer: "Agora eu tenho um orgasmo seco".

Segundo especialistas o homem ejacula em média de 2 a 6 ml de esperma, o que equivale a uma colher de chá, as vezes um pouquinho mais, dependendo do grau de excitação e do tempo em que ocorreu a última ejaculação.
Outro fator a ser considerado, é que se o homem ejaculou através da masturbação ou de uma relação sexual recente, é óbvio que o volume ejaculado em uma relação seguinte será menor, ou até inexistente. 




Luiz Lira
Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas horas vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.
  

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