sexta-feira, 25 de abril de 2014

ATEU, DEÍSTA E O RELIGIOSO - ALGUMAS REFLEXÕES



Quando paramos para refletir acerca dos mistérios da vida e da criação, por vezes ficamos em dúvida e um tanto confusos. A ciência não disse ainda a palavra final. De tempos em tempos surgem novas teorias que logo em seguida são questionadas ou derrubadas por novas teorias, e assim sucessivamente. 

Harmonia do universo


Diante de tantas dúvidas,  fica difícil imaginarmos a harmonia do universo ou a beleza da natureza como fruto do acaso.
Se ocorresse uma pequena oscilação no eixo do planeta terra, já seria o suficiente para inundar continentes e acabar com a vida humana na terra. Se a temperatura do sol aumentasse ou se houvesse qualquer oscilação em sua órbita, também seria o caos, enfim, fica difícil imaginarmos que o acaso tenha criado um universo tão harmônico e perfeito com precisão matemática, como são as 24 horas do dia, as estações do ano etc...

Beleza da natureza
 
Por isso, não sou ateu e creio que ninguém é 100% ateísta. 
De alguma forma, o ser humano possui a tendência de acreditar em algo, não necessariamente num Deus como os fanáticos religiosos apresentam, mas num ser inteligente cheio de amor e sabedoria, um E.T. mais evoluído que os terráqueos, ou algo parecido. rsrsrsrs.

Se realmente não acreditassem em nada, o número de suicídios no mundo seria muito maior quando as pessoas se vissem diante de grandes problemas, como uma doença incurável, depressão, tédio, falta de sentido ou prazer na vida, dentre outros problemas que por vezes parecem não ter solução, afinal, deixariam de sofrer, pois tudo se acabaria no nada.

O fato é que para  muitas pessoas é desesperador imaginar que tudo se acaba no "nada". É comum levantarem os seguintes questionamentos


- Se tudo se acaba, se a vida não continua em outro plano de vida, se tudo o que aprendi e todo o conhecimento que continuo adquirindo se perderá com a morte, então por que eu vou ficar me esfolando para estudar e me aperfeiçoar por vários anos?
- Por que eu vou batalhar para ter uma profissão e ralar ano à ano, se eu vou morrer e usufruir poucos anos de vida nesse planeta? 
- Após a morte, não reencontrarei ou perderei para sempre as pessoas a  quem amo? 
- Se é assim, que sentido tem a vida?

Some-se a esses, e diversos outros questionamentos, a certeza de que a vida não é composta somente de alegrias e prazeres, ninguém é 100% feliz. Aborrecimentos, problemas e sofrimentos ocasionais ao longo da vida são inerentes ao ser humano. 

Por isso, as pessoas sentem a necessidade, as vezes inconsciente, de se apoiarem numa "muleta psicológica" para se sentirem motivadas e terem ânimo para seguirem em frente. Para muitas pessoas, essa "muleta psicológica" seria acreditar em algo, muitas delas encontram esse algo na religião.
O problema é que alguns dirigentes dessas religiões faltam com a verdade, seja por falta de conhecimento ou por interesses escusos.
Como falta lucidez e discernimento a muitos desses fiéis, ou por estarem emocionalmente fragilizados, eles acabam se tornando vítimas de todo esse sistema que os tornam submissos.

Não podemos mudar radicalmente nosso modo de agir por causa de fanáticos religiosos, e por causa deles sair por aí tentando mudar as consciências alheias a ferro e fogo, porque cada um muda a seu tempo de acordo com o grau de seu entendimento. Não se impõe conhecimento, trata-se de uma questão de maturidade, evolução, e de querer conhecer a verdade sem fantasias e ilusões. Quando tentamos "forçar a barra" estamos sendo tão fanáticos quanto aqueles religiosos.
Lembrem-se, mais cedo ou mais tarde, a verdade sempre prevalecerá. No passado, quem achava que a terra era redonda era tido como louco. 

Ateísmo e religiosidade - O perigo do fanatismo.


O fato é que todo fanatismo é perigoso. " Nos últimos séculos, milhões de cristãos foram perseguidos ou dizimados por outros grupos religiosos ou ditadores, (......) Todos os estados ateus antirreligiosos Comunistas, como a União Soviética e República Popular da China, perseguiram o cristianismo e todas as demais religiões"  (ver: ateísmo marxista-leninista).

Todo ensinamento deve estar respaldado pela lógica e passar pelo crivo da razão, assim sendo, é óbvio que devemos questionar e não aceitar alguns absurdos que fanáticos religiosos tentam nos impor, porém, ambos os lados pecam quando resvalam pelo fanatismo. 


William Shakespeare já dizia " Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia."

Algumas definições:

Ateu: Não crê em Deus ou em qualquer ser superior
Deísta: Aquele que crê em Deus sem aceitar religião nem culto.

Religioso: Aquele que crê em Deus e pertence a uma corrente religiosa. Alguns deles, dependendo do segmento religioso que professam, se tornam fanáticos intolerantes e não aceitam as práticas religiosas de outras correntes. Acham que seu caminho é único, verdadeiro e inquestionável.

Luiz Lira
Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas hora vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

BROXAR NA HORA H - Mitos e Verdades



          Não conseguiu  ter  ou manter uma  ereção  firme  naquela noite tão esperada  com  a  garota  dos seus sonhos ?  
          Saiba que isso é muito mais comum do que se imagina. Acontece com qualquer homem.

          Se você soltar aquela famosa e antiga frase "Isso nunca aconteceu comigo antes.", fique sabendo que atualmente, esse tipo de comentário fará você se parecer com um cara machista ou retrógrado, pois qualquer pessoa esclarecida e bem informada, sabe que todo homem já passou ou vai passar por isso na vida.              


          Em uma pesquisa realizada na Europa e nos Estados Unidos, 67% dos homens entre 18 e 46 anos, afirmaram já ter broxado na hora do sexo (falhas ocasionais, ou pelo menos uma vez), e quanto aos 33% restantes que responderam nunca terem falhado, lamento informar que em algum momento da vida isso ocorrerá.


          Outra pesquisa aqui no Brasil patrocinada pela Durex Global Sex Survey revelou que 62% dos homens relatam que em determinadas ocasiões tiveram dificuldades em manter a ereção, e mais de 50% das mulheres não conseguem chegar ao orgasmo.

          Estudos mundo afora, como o realizado pela Massachusetts Male Aging Study revelam percentuais consideráveis dessa ocorrência com homens de qualquer idade, portanto, quem já passou por essa situação não deve ficar preocupado achando que está fora dos padrões de normalidade. 

          Ocasionalmente, todo mundo broxa 

          Em algumas circunstâncias é normal broxar, no entanto, é óbvio que os homens almejam ter êxito em todas as relações sexuais, mas, para atingirem esse objetivo, necessitam dentre outros requisitos, da eficiência de um grande, e inseparável "amigo", o pênis. 

          Felizmente, na maioria das vezes, ele costuma estar em "ponto de bala" na hora do sexo, porém, haverá momentos, em que de repente, o "amigão" resolverá dormir. Torcemos para que ele não durma na hora H, no início, ou durante a transa, pois quando isso acontece, entramos em pânico, afinal, são nossas habilidades de homem que estarão em xeque. Por isso, a maioria dos homens que já broxaram costumam negar essa ocorrência, seja para preservar a intimidade, ou por pura insegurança, devido ao receio de se tornarem alvo de chacotas, ou de que alguém coloque sua masculinidade sob suspeita. 

          Devido a esse receio, muitos homens preferem dizer que com eles isso nunca aconteceu, reforçando assim, o mito de que "homem que é homem não broxa", ou a de que "quem falha é menos viril".  Quem ainda pensa assim, ou acredita nesse mito em pleno século 21, está desinformado, e preso a padrões socioculturais ultrapassados.


          Motivos que podem levar o homem broxar


          Desde que não seja um fato recorrente, a perda temporária da potência sexual é normal, e pode acontecer com qualquer um. Diversos motivos podem levar o homem a broxar, os mais comuns dentre outros, são:

          -Ansiedade ou nervosismo;
          -Cansaço;
          -Estresse;
          -Desânimo;
          -Insegurança;
          -Uso de drogas;
          -Receio de falhar;
          -Abuso de álcool;
          -Preocupação em querer demonstrar um ótimo desempenho na cama para  satisfazer e impressionar a mulher;
          -Uso de medicamentos que diminuem a libido;
          -Frequência de relações sexuais ou masturbação ocorridas em curtos  intervalos de tempo;
          -Problemas de relacionamento ou pouco interesse pela parceira;
          -Incômodo relatado por alguns homens com o odor/higiene de algumas      mulheres;
          -Problemas financeiros;
          -Algum outro tipo de preocupação, dentre outros motivos. 

          Primeira transa num novo relacionamento 
          Há situações em que tanto o homem quanto a mulher, passam por momentos de ansiedade na hora do sexo, principalmente no início de um novo relacionamento. A transa de estreia é uma delas, ocasião em que costuma haver expectativas e idealizações de ambas as partes.  Imagine você no quarto com uma mulher, com aquela deusa que ansiosamente sempre desejou tê-la na cama, louco para transar.
          O desejo e a ansiedade são tantas, que seu organismo libera uma descarga de adrenalina que bloqueia o estímulo sexual e promove a constrição dos vasos sanguíneos, isso reduz o fluxo de sangue para o pênis impedindo o seu "amigão" de subir.  Não dá pra ficar tranquilo com isso, não é mesmo? Esse imprevisto gera mais ansiedade, e aí o seu estado emocional fica péssimo, e quando a cabeça de cima não está em ordem, a de baixo adormece.

Se isso já ocorreu, ou vier a ocorrer, relaxe, você não será o primeiro, nem o único a passar por um momento de impotência sexual temporária. Tenha calma, e procure agir com naturalidade.  

O que fazer depois de uma broxada?

Pressão por resultados é inimiga do tesão e da ereção, portanto, depois de uma broxada, o melhor a fazer é relaxar, dar um tempinho, e recomeçar com os carinhos, beijos e preliminares que você já conhece quais são. Mais tranquilo, e desde que não esteja sob o efeito de álcool, medicamentos, ou drogas, você conseguirá reanimar o seu amigão e partir para a diversão.

Mas, e se depois de outra tentativa, o "amigão" insistir em  não querer reagir?    

Nesse caso, resta apenas ficar calmo e deixar a transa para outro momento. Para que ocorra ereção e o sexo seja prazeroso, deve haver espontaneidade e tesão, sem auto cobranças.
Não adianta ficar se justificando muito por ter broxado. Ninguém broxa porque quer. Um pouco de bom humor, até pode ser bem vindo, mas ajuda bastante agir com naturalidade.                                                        
Se a mulher for esclarecida, compreenderá a situação, pois ela já sabe que falhas eventuais acontecem, afinal, o sexo envolve fatores orgânicos e psicológicos, não se trata de algo puramente mecânico.
Se ela  ficar chateada porque seu "amigão" não compareceu para realizar a prazerosa tarefa, diga que você a quer muito, e que se não foi possível agora, poderá ser em outro dia. Oportunidades não faltarão, não é mesmo? Nessa ocasião é importante que tanto o homem quanto a mulher não fiquem se cobrando ou culpando um ao outro. 


Falhar é humano!

Essa mania de cobrança por um desempenho sexual  sempre  excelente e sem falhas, deve-se a conceitos antigos e retrógrados sobre o comportamento sexual masculino. Ainda existe a crença errônea de que os homens precisam estar sempre prontos para o sexo. 
Devido a resquícios de uma cultura machista do passado, ainda hoje é comum ouvirmos afirmações equivocadas, em tom de brincadeira, como a de que "homem que é homem não broxa", "nunca nega fogo", "sempre dá conta do recado", "é pau pra toda obra", "dá três sem tirar", "é garanhão", etc. 

Esses comentários estimulam o imaginário feminino, e induzem muitas pessoas a suporem que os homens são "máquinas de fazer sexo",  e que estão sempre em "ponto de bala" com tesão para transar a qualquer hora do dia ou da noite.

Essa ideia  é reforçada, com as performances sexuais mirabolantes, acrobáticas e de longa duração apresentadas em vídeos pornôs, onde não faltam exageros, e como sabemos, essas "maratonas" sexuais mostradas nesses filmes nem sempre representam a realidade do dia a dia das pessoas, principalmente se considerarmos o fato de que muitos atores pornôs utilizam ou são submetidos a utilizarem medicamentos específicos para "turbinar" a rigidez do pênis e prolongar o tempo de ereção, além de uma série de recursos de filmagens, como técnicas de edição, dentre outras, o que permite que tudo pareça ser sempre perfeito. 
O problema, é que a popularização da pornografia na internet, tem levado muitos jovens a imaginarem que esses filmes são a expressão da vida real, o que nem sempre é verdade.

Devido a esse suposto ideal de performance, ou por receio de não corresponderem às expectativas originadas por esses estereótipos sexuais masculinos, alguns homens, principalmente os mais jovens, se cobram muito quanto a necessidade de sempre terem que apresentar um ótimo desempenho. Acreditam erroneamente que falhas nessa área é sinônimo de fracasso masculino, por conseguinte, quando elas ocorrem, mesmo que eventuais, acabam afetando a auto estima desses homens. Muitos dos quais possuem o hábito de contar vantagens aos amigos a respeito de suas experiências sexuais. Esse tipo de marketing pessoal denota imaturidade ou uma necessidade de autoafirmação.

A mulher também broxa




Pesquisas em todo o mundo, revelam que mais de 50% das mulheres não conseguem atingir o orgasmo durante o ato sexual.
Um estudo de comportamento sexual realizado pelos britânicos Gayle Brewer and Colin Hendrie das Universidades Central Lancashire e de Leeds, revelou que 92% das mulheres já fingiram na cama somente com o objetivo de estimular ou agradar seus parceiros.


Elas broxam mais que os homens, porém de uma forma sutil e discreta, por isso, esse fato costuma passar despercebido pelos menos experientes, pois a resposta sexual feminina não é tão explícita quanto a masculina. O homem necessita da ereção do pênis para iniciar o ato sexual da penetração, se broxar não dá para seguir em frente, já a mulher, mesmo quando broxa, consegue levar adiante a relação sexual, utilizando-se de algumas artimanhas, como fingir que está gostando da transa, soltar alguns gemidinhos, ou a simular um orgasmo para agradar o parceiro e apressar o término do ato sexual. Nesse aspecto, as mulheres levam "vantagem" em relação aos homens, pois eles não tem como fingir uma ereção. É por isso que o ato de "broxar" tem sido atribuído geralmente apenas ao homem, pois a falha masculina é bem mais perceptível que as falhas femininas, e diferentemente da mulher, impede a continuidade da transa. 

Apesar de já estarmos no 3º milênio, ainda há mulheres que acham que o homem deve estar sempre disposto ao sexo. Para algumas delas, uma broxada ou uma certa indisposição do parceiro, significa desinteresse ou falta de atração por elas. Parecem imaginar que os homens possuem uma tecla em que basta dar um "enter" para funcionarem na hora em que elas ou eles bem entenderem.

Felizmente, a mulher moderna e esclarecida já não pensa mais assim, por entender que tanto quanto elas, eles também estão sujeitos a falhas, afinal, são humanos, e não máquinas infalíveis.

Segundo especialistas, falhas ocasionais ou esporádicas, são normais e não devem ser supervalorizadas ou tornarem-se motivo de preocupação. Quem ainda não passou por isso, certamente um dia passará. Contudo, orientam que se o homem estiver broxando repetidamente, com frequência, é recomendável a procura de um médico urologista ou outro especialista, para verificar se o problema se deve a fatores orgânicos ou apenas psicológicos, e se for o caso, indicar um tratamento.


"No mundo, só há dois tipos de homens que nunca broxaram:  Os mentirosos e os que nunca fizeram sexo.". (autor desconhecido)

Reflexão
..."O grande amante não é aquele que "dá 3", mas aquele que envolve, se emociona, e sente prazer.  A questão é de qualidade, e não quantidade" - Sidney Glina - Médico urologista, especialista em disfunção erétil, e escritor.




Luiz Lira

Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas horas vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.
Leia mais em: