quarta-feira, 20 de abril de 2016

QUANDO O HOMEM DEIXA DE SER IMATURO


Sempre haverá uma pressãozinha para que cresçamos e tenhamos maturidade. Mais cedo ou mais tarde, amadureceremos.
Amadurecer não significa envelhecer, nem tão pouco que devamos perder o espírito jovial. Jamais.

Percebemos que estamos amadurecendo, quando nossos probleminhas existenciais deixam de nos afetar emocionalmente como outrora. Começamos a ter atitudes mais sensatas e responsáveis.
Deixamos de sentir aquela necessidade, comum no período da adolescência, de pertencer ou ser aceito por um grupo. Se não pertencemos ou não somos aceitos, é porque aquele grupo nada tem a ver conosco. Isso não mais nos afeta. O que realmente importa é a amizade dos nossos verdadeiros amigos. Simples assim.




Com o passar dos anos, a vida de festeiro em bares, baladas, noites de esbórnia, bebedeira, pegação, e festividades madrugada adentro, começa a nos estressar física e emocionalmente, e por vezes, se torna até solitária, mesmo que estejamos rodeados de gente. 



É quando passamos a constatar que nas noitadas e festanças em geral, as pessoas por vezes, tentam passar uma imagem que não corresponde com a realidade. É o tal do verniz social, onde em geral todo mundo procura ser agradável. Todos parecem ser 100% felizes, não tem problemas etc. 
Nesses ambientes, excetuando-se os grandes e verdadeiros amigos, geralmente, as pessoas são superficiais. 

À medida que amadurecemos um pouco mais, nos tornamos mais seletivos em relação ao lazer, amizades e relacionamentos amorosos.
  
Aquele papo machista e arcaico, de que para ser homem, tem que encher a cara no bar, "ficar" ou "pegar" todas as "minas", e depois sair contando vantagens, é  coisa de garotão deslumbrado e imaturo.
O homem maduro não precisa provar nada à ninguém. Não enche a cara, não fica bêbado. Prefere saborear a bebida, degustando devagar, em boas companhias e ótimos papos.
Não sai pegando todas as garotas, mas escolhe a mulher ideal. O que importa é a qualidade e não a quantidade.

Deixamos de agir por impulso, e passamos a verificar com perspicácia o terreno onde pisamos, para evitar futuros dissabores.

A essa altura, já sabemos, que a mulher inteligente, almeja um homem que tenha maturidade, atitude, personalidade, seja seguro e autoconfiante.
Temos claro, que um homem bem resolvido sexualmente e emocionalmente, é discreto. Não alardeia e nem posa de conquistador de mulheres, garanhão ou pegador. Esse tipo de marketing pessoal, denota imaturidade e uma necessidade de autoafirmação.  
Passamos a entender que sexo não é tudo na vida à dois. É importante, porém, não é suficiente para assegurar o êxito de um relacionamento.


EM UM RELACIONAMENTO SÉRIO





Os relacionamentos sem compromisso ou descartáveis, já não nos satisfazem tanto quanto outrora. 
Começamos a dar importância à riqueza das relações emocionais, que permitem o amadurecimento e a satisfação íntima num nível mais profundo da vida à dois.

À partir dessas reflexões, passamos a sentir a necessidade de ter alguém ao nosso lado, que nos ame ou que realmente nos queira bem. Alguém com quem possamos compartilhar nossas alegrias, tristezas, vitórias, e que esteja ao nosso lado em qualquer momento, sejam eles bons ou ruins, e não apenas nas ocasiões festivas ou de curtição.

"A FICHA CAIU"

De repente, nos damos conta de que perdemos o contato com a maioria dos nossos melhores e antigos amigos(as), pelo fato de terem se casado ou por estarem num relacionamento sério, ou simplesmente porque seguiram outros caminhos diferentes dos nossos. 
Sem que percebamos, passamos a ter perante a vida, mais atitude, maturidade e responsabilidade. 



A possibilidade de ser pai e constituir uma família, já não parece mais algo tão distante e fora de cogitação. 

Já não somos mais tão jovens.



Luiz Lira
Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas horas vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.


"Se a opção pela vida de solteiro, ou de viver sozinho, fosse a receita certa para a felicidade, certamente não haveria milhões de uniões ocorrendo diariamente no mundo inteiro" - Luiz Lira