quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

CADÊ OS HOMENS?




ESTÁ FALTANDO HOMENS QUE QUEIRAM ASSUMIR UM RELACIONAMENTO AMOROSO?




As mulheres andam comentando, que está faltando homens que queiram assumir um compromisso ou um relacionamento sério.

A verdade 
Um número considerável de mulheres (nem todas) estão muito fáceis e disponíveis, por isso, os homens não estão precisando correr atrás das garotas como faziam no passado. Eles estão tendo a facilidade de poder escolher uma dentre várias que os assediam. Há alguns anos atrás, os homens eram "caçadores" e as mulheres as "caçadas", hoje, a situação se inverteu, passamos de caçadores para caçados. 
A realidade

Cada vez mais as mulheres estão aderindo ao sexo casual, ou P.A.
Com o velho discurso de que as mulheres estão conquistando mais espaço e direitos, e que isso faz parte do avanço da mulher moderna na sociedade, muitas delas estão confundindo liberdade com libertinagem. Com isso, banaliza-se o sexo através das relações sexuais sem envolvimento emocional e o resultado é a diminuição das relações amorosas com compromisso. 
Não devemos ser hipócritas ou falsos moralistas. O sexo casual é válido, porém, quando essa prática se torna frequente em detrimento de um relacionamento, com companheirismo, cumplicidade e envolvimento emocional, é sinal de que chegou o momento de revermos algumas atitudes perante a vida, afinal, não somos animais irracionais no cio, movidos apenas por instintos primitivos. 



Tudo isso é reflexo desses novos tempos, onde as relações se tornaram descartáveis, e o sexo, para alguns, um mero ato mecânico para satisfazer apenas as necessidades fisiológicas.



Os homens interessados num relacionamento sério, com envolvimento emocional, etc., andavam com saudades da paquera tradicional, onde podia-se saborear o passo à passo da conquista, da sedução, do envolvimento.  Correr atrás da "princesa" e conquistá-la era como ganhar um troféu precioso. Era muito mais gratificante.
Atualmente, o homem já não tem mais essa visão favorável ao casamento, relacionamentos sérios ou uniões estáveis, devido aos riscos que aumentaram em progressão geométrica.

Em decorrência das conquistas do feminismo, como liberdade sexual, independência financeira, etc, aquela visão romântica do casamento e da mulher fiel e amorosa, ficou no passado. 
O problema é que essas conquistas foram e continuam sendo mau direcionadas por um feminismo radical que de forma generalizada, vê o homem como um eterno opressor, algoz e machista, enquanto que elas são as eternas "coitadinhas", quando na verdade, atualmente são os homens que estão se sentindo oprimidos, pois o aparato judicial do Estado está ao lado delas, e com isso, o homem sempre se fode.
Segundo dados do IBGE, "a mulher lidera o pedido de divórcios." Mais de 70% partem delas. 

Com a separação, a mulher leva os filhos do homem embora, porque o juiz tende a conceder a guarda para ela. A ex mulher solicita uma alta pensão e fica com a metade do patrimônio do homem.
Por isso, os homens andam acuados e desencantados com a mulher atual. Esse é um dos motivos, dentre outros, que fizeram surgir o movimento ou estilo masculino intitulado MGTOW, que 
 significa Men Going Their Own Way, ou em português: Homens Seguindo Seu Próprio Caminho. (sem elas)



Luiz Lira
Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas horas vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.


quarta-feira, 22 de março de 2017

TEMPO DE VIVER - ADMINISTRE O SEU TEMPO


Banco de horas

Se houvesse um banco, que todas as manhãs creditasse R$ 86.400,00 em sua conta corrente, e que não admitisse saldo de um dia para o outro, ou seja, você não poderia manter dinheiro em sua conta, e que todas as noites cancelasse qualquer quantia não utilizada durante o dia.  O que você faria?
Evidentemente, retiraria até o último centavo, todos os dias. Utilizaria o que fosse necessário, e o restante investiria em algo rentável.

Esse banco existe...e seu nome é TEMPO. Todas as manhãs ele credita à você 86.400 segundos. Todas as noites ele dá como perdido qualquer montante desse total, que você deixou de investir ou aproveitar de maneira útil. Lá não existem saldos. Lá não são permitidos saques no final do dia. 
Se você deixa de utilizar os depósitos diários, o prejuízo é seu. Não pode voltar atrás. O tempo não volta. Não existem saques futuros...

Cabe a cada um de nós investir esse precioso fundo de horas, minutos e segundos para extrair dele o máximo de saúde, felicidade e sucesso.
Administre o seu tempo. 
Autor desconhecido


"Faça da sua vida, o que a primavera faz com as flores" - Pablo Neruda
 
Luiz Lira
Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas horas vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

FAÇA SUA VIDA VALER A PENA


"FAÇA DA SUA VIDA, O QUE A PRIMAVERA FAZ COM AS FLORES" Pablo Neruda


A vida é curta, o tempo passa, envelhecemos, enfim, fisicamente somos mortais. Por isso, aproveite o presente, enquanto ainda há saúde e vitalidade, para fazer com que sua vida e a daquelas a quem você gosta ou ama, sejam mais felizes e agradáveis.
Embora seja algo subjetivo, particular de cada pessoa, há vários itens ou fatores que podem determinar o grau de felicidade ou qualidade de vida de alguém.
O relacionamento amoroso, é um dos itens que auxiliam na avaliação da qualidade de vida de uma pessoa, sobretudo se estiver inserido num relacionamento com envolvimento emocional saudável, que permita a satisfação íntima num nível mais profundo da vida à dois. Isso significa dizer, que  a banalização do sexo como vemos nos dias atuais, ou uma vida sexual promíscua, não podem ser consideradas como algo saudável que melhore a qualidade de vida. 
É bom salientar que ter uma vida a dois, necessariamente não é condição essencial para a felicidade. Há pessoas que optam por viverem sozinhas e se sentem muito bem.



No mundo, a felicidade plena, ainda é uma utopia. Ninguém é 100% feliz, mas não precisamos envelhecer ou estar a beira da morte para se dar conta do que perdemos ou do que poderíamos ter feito para sermos um pouco mais felizes.
O fato é que o mundo está cheio de pessoas ou idosos, frustrados ou arrependidos pelo que deixaram de fazer ou curtir, enquanto podiam.

Em artigo publicado pela Hype Science, foram listados cinco arrependimentos mais comuns no leito de morte, segundo um enfermeiro que trabalha com pacientes terminais:

1 – “Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim”

Esse foi o arrependimento mais comum de todos. Quando as pessoas percebem que sua vida está terminando, é fácil ver como muitos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não tinha honrado nem metade dos seus sonhos, e teve que morrer sabendo que isso é culpa das próprias escolhas que fizeram, ou não fizeram. É muito importante tentar honrar pelo menos alguns de seus sonhos ao longo da vida. A partir do momento que você perde a saúde, tudo fica mais difícil.
É muito bom contribuir para a felicidade de quem amamos, porém, não podemos deixar de investir também na nossa própria felicidade. 

2 – “Eu gostaria de não ter trabalhado tanto”

Todos os pacientes lamentam disso. Quem trabalha muito, vê pouco os filhos e perde o companheirismo do parceiro. É um arrependimento profundo passar tanto tempo da sua vida na esteira de uma existência profissional. Ao simplificar seu estilo de vida e fazer escolhas conscientes ao longo do caminho, é possível não ter esse arrependimento. E criando mais espaço em sua vida, você se torna mais feliz e mais aberto a novas oportunidades.

3 – “Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos”

Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos a fim de manter a paz com os outros. Como resultado, estabeleceram uma existência medíocre e nunca se tornaram quem poderiam ser. Muita amargura e ressentimento é o resultado, podendo inclusive desenvolver doenças relacionadas a esse estado emocional.
Nós não podemos controlar as reações dos outros. As pessoas podem, inicialmente, reagir quando você fala honestamente, mas no final, a relação só melhora e se torna mais saudável com sinceridade. Não segure suas opiniões ou sentimentos. Se por acaso alguém não gostar de você como você é, você tem a chance de se libertar de algo que não lhe faz bem.

4 – “Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos”

Muitas vezes as pessoas não percebem verdadeiramente os benefícios de velhos amigos até à semana de sua morte. Muitos se tornam tão ocupados em suas próprias vidas que deixam amizades de ouro deslizarem de vista ao longo dos anos. Depois, lamentam profundamente não ter dado a essas amizades o tempo e o esforço que elas mereciam. Todo mundo sente falta de seus amigos quando está morrendo. Não é dinheiro ou status que mantém a verdadeira importância da vida para quem chegou ao fim. Naquele momento, o que você quer mesmo é fazer coisas em benefício daqueles que você ama. No final, tudo se resume a amor e relacionamentos.

5 – “Eu queria ter me permitido ser feliz”

Surpreendentemente comum, muitas pessoas no leito de morte não perceberam, até ao final de suas vidas, que a felicidade é uma escolha. Elas haviam ficado presas em velhos padrões e hábitos: o “conforto” da familiaridade. O medo da mudança fez com que elas fingissem para todos e para si mesmas que estavam satisfeitas quando, lá no fundo, queriam mesmo é rir verdadeiramente. Quando você está em seu leito de morte, você esquece o que os outros pensam de você, e é capaz de deixar para lá e sorrir com sinceridade. Seria bom poder fazer isso bem antes do momento final, não?

Leia mais: A ditadura da felicidade a qualquer custo

 
Luiz Lira
Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas horas vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O HOMEM QUE NÃO ACREDITAVA NO AMOR



Era uma vez um homem que não acreditava no amor. Ele era uma pessoa comum, como você e eu, mas seu modo de pensar tornava-o diferente. O homem achava que o amor não existia. Claro, ele teve muitas experiências, tentando encontrar o amor, observou bastante as pessoas que o cercavam. Passou a maior parte da vida procurando o amor, apenas para descobrir que era algo que não existia.

Aonde quer que esse homem fosse, dizia às pessoas que o amor não passava de uma invenção dos poetas, uma mentira que os religiosos contavam para manipular a mente fraca dos humanos, forçando-os a acreditar, para controlá-los. Dizia que o amor não é real, que nenhum ser humano poderia encontrá-lo, mesmo que passasse a vida procurando-o.

Esse homem era extremamente inteligente e muito convincente. Lia muitos livros, frequentara as melhores universidades, era um erudito respeitado. Podia falar em público, diante de qualquer tipo de plateia, sempre com lógica irrefutável. Dizia que o amor é uma espécie de droga, que provoca euforia e cria forte dependência. Que uma pessoa pode viciar-se em amor e começar a necessitar de doses diárias, como os dependentes de qualquer outra droga.

Costumava afirmar que o relacionamento dos amantes é igual ao relacionamento entre um viciado e a pessoa que lhe fornece a droga. O que tem mais necessidade de amor é o viciado, o que tem menos, é o fornecedor.

Aquele, entre os dois, que tem menos necessidade, é o que controla todo o relacionamento. Dizia que é possível ver isso com clareza porque, num relacionamento, quase sempre há um que ama sem reservas, e outro que não ama, que apenas tira vantagem daquele que lhe entrega seu coração. Que é possível ver, pelo modo como os dois se manipulam, como agem e reagem, que são iguais ao fornecedor de uma droga e o viciado.

O viciado, aquele que tem mais necessidade, vive com medo de não conseguir receber a próxima dose de amor, ou seja, da droga. E pensa: “O que vou fazer, se ele (ela) me deixar?” O medo torna o viciado extremamente possessivo. “Ele é meu!” O medo de não receber a próxima dose torna-o ciumento e exigente. O fornecedor pode controlar e manipular aquele que necessita da droga, dando-lhe mais doses, menos doses, ou nenhuma dose.

O que necessita da droga submete-se completamente e faz tudo o que pode para não ser abandonado.

O homem ainda dizia muito mais, quando explicava por que achava que o amor não existia. Declarava que aquilo que os humanos chamam de amor é apenas um relacionamento de medo baseado no controle. “Onde está o respeito? Onde está o amor que afirmam sentir? Não há amor. Dois jovens, diante de um representante de Deus, diante de suas famílias e de seus amigos, fazem uma porção de promessas um ao outro: que vão viver juntos para sempre, que vão amar-se e respeitar-se mutuamente, que estarão um ao lado do outro nos bons e nos maus momentos, que vão se amar e se honrar. Promessas e mais promessas. O mais espantoso é que eles realmente acreditam que vão cumpri-las. Mas, após o casamento — uma semana, um mês, alguns meses depois — fica claro que nenhuma das promessas foi cumprida.

O que se vê é uma guerra pelo comando, para ver quem manipula quem. Quem será o fornecedor, e quem será o viciado? Alguns meses depois, o respeito que prometeram ter um pelo outro desapareceu. Surgiu o ressentimento, o veneno emocional, e ambos ferem-se reciprocamente, pouco a pouco, cada vez mais, até que eles não sabem mais quando o amor acabou. Permanecem juntos porque têm medo de ficar sozinhos, medo da opinião e do julgamento dos outros, medo de sua própria opinião e de seu próprio julgamento. Mas, onde está o amor?”

O homem costumava dizer que via muitos velhos casais, unidos havia trinta, quarenta, cinquenta anos, que tinham orgulho de estar juntos durante tanto tempo. Mas, quando falavam a respeito de seu relacionamento, diziam: “Sobrevivemos ao matrimônio”. Isso significa que um deles submeteu-se ao outro. A certa altura, ela (ou ele) desistiu e decidiu suportar o sofrimento. O que teve vontade mais forte e menos necessidade, venceu a guerra.

Mas onde está aquela chama a que deram o nome de amor? Um trata o outro como se fosse propriedade sua. “Ela é minha”, “Ele é meu”.

O homem mostrava mais e mais razões que o haviam levado a acreditar que o amor não existe. Dizia: “Eu já passei por tudo isso. Nunca mais permitirei que outra pessoa manipule minha mente e controle minha vida em nome do amor”. Seus argumentos eram bastante lógicos, e com suas palavras ele convenceu muitas pessoas. “O amor não existe.”

Então, um dia, esse homem andava por um parque, quando viu uma linda mulher chorando, sentada num banco. Ficou curioso, querendo saber por que motivo ela chorava. Sentando-se a seu lado, perguntou-lhe por que ela estava chorando e se podia ajudá-la. Imaginem qual foi a surpresa dele, quando a mulher respondeu que chorava porque o amor não existia,



— Mas isso é espantoso! — o homem exclamou. — Uma mulher que não acredita no amor? E, claro, quis descobrir mais coisas a respeito dela.

— Por que acha que o amor não existe? — indagou.

— É uma longa história — ela respondeu. — Casei-me muito jovem, cheia de amor, cheia de ilusões, com a esperança de passar minha vida inteira com aquele homem. Juramos lealdade um ao outro, juramos que nos respeitaríamos, que honraríamos nossa união e que formaríamos uma família. Mas logo tudo mudou. Eu era uma esposa dedicada, que cuidava da casa e dos filhos. Meu marido continuou a progredir em sua carreira. Seu sucesso e a imagem que mostrava fora de casa eram, para ele, mais importantes do que a família. Perdemos o respeito um pelo outro. Nós nos feríamos mutuamente, e um dia descobri que não o amava e que ele também não me amava. Mas as crianças precisavam de um pai, e essa foi minha desculpa para ficar e fazer tudo o que pudesse para dar apoio a ele. Agora, meus filhos cresceram e saíram de casa. Não tenho mais nenhuma desculpa para ficar com ele. Não existe respeito nem gentileza em nosso relacionamento. Sei que, mesmo que eu encontre outra pessoa, vai ser tudo igual, porque o amor não existe. Não faz sentido, procurar por algo que não existe. É por isso que estou chorando.

Compreendendo-a muito bem, o homem abraçou-a e disse:

— Tem razão, o amor não existe. Procuramos por ele, abrimos o coração e nos tornamos fracos, para no fim encontrarmos apenas egoísmo. Isso nos fere, mesmo que achemos que não vamos ser feridos. Não importa o número de relacionamentos que possamos ter, a mesma coisa sempre acontece. Por que ainda continuamos a procurar o amor?

Os dois eram tão parecidos, que se tornaram grandes amigos. Tinham um relacionamento maravilhoso. Respeitavam-se, um nunca humilhava o outro. Ficavam mais felizes a cada passo que davam juntos. Entre eles não havia ciúme nem inveja, nenhum dos dois queria assumir o comando, nem era possessivo. O relacionamento continuou a crescer. Eles adoravam estar juntos, porque sempre divertiam-se muito. Quando estavam separados, um sentia a falta do outro.

Um dia, o homem encontrava-se fora da cidade, quando teve a mais esquisita das ideias.

“Hum, talvez o que eu sinta por ela seja amor. Mas isto é muito diferente de qualquer outra coisa que já senti. Não é o que os poetas dizem, assim como não é o que os religiosos pregam, porque não sou responsável por ela. Não tiro nada dela, não sinto necessidade de que ela cuide de mim, não preciso culpá-la por minhas dificuldades, nem contar-lhe meus dramas. O tempo que passamos juntos é maravilhoso, gostamos um do outro. Respeito o que ela pensa, o que sente. Ela não me envergonha, não me aborrece. Não sinto ciúme, quando ela está com outras pessoas, não tenho inveja, quando a vejo ter sucesso em alguma coisa. Talvez o amor exista, mas não seja aquilo que todo mundo pensa que é.”

O homem mal pôde esperar pelo momento de voltar para sua cidade e conversar com a mulher para expor-lhe a ideia esquisita que tivera. Assim que ele começou a falar, ela disse:

— Sei exatamente do que é que você está falando. Tive a mesma ideia, bastante tempo atrás, mas não quis lhe contar, porque sei que você não acredita no amor. Talvez o amor exista, mas não seja aquilo que pensamos que é.

Decidiram tornar-se amantes e morar juntos e, de maneira admirável, as coisas não mudaram. Os dois continuaram a respeitar-se, a dar apoio um ao outro, e o amor continuou a crescer. Até as coisas mais simples faziam seus corações cantar, cheios de amor, por causa da grande felicidade em que eles viviam.

O coração do homem estava tão repleto de amor que, uma noite, um grande milagre aconteceu. Ele olhava as estrelas e encontrou uma que era a mais bela de todas.

Seu amor era tão imenso, que a estrela começou a descer do céu e logo estava aninhada nas mãos dele. Então, um outro milagre aconteceu, e a alma do homem uniu-se à estrela. Ele estava imensamente feliz e foi procurar a mulher o mais depressa possível para depositar a estrela nas mãos dela, provando seu amor. Assim que recebeu a estrela nas mãos, a mulher experimentou um momento de dúvida. Aquele amor era grande demais, avassalador.

Naquele instante, a estrela caiu das mãos dela e estilhaçou-se em um milhão de pedacinhos. Agora, um velho anda pelo mundo, jurando que o amor não existe. E uma velha bonita permanece em casa, esperando por ele, derramando lágrimas pelo paraíso que um dia teve nas mãos e perdeu por causa de um momento de dúvida.

Essa é a história do homem que não acreditava no amor. Quem foi que errou? Você gostaria de descobrir qual foi a falha? O erro foi do homem, que pensou que poderia passar sua felicidade para a mulher. A estrela era sua felicidade, e ele errou, quando a colocou nas mãos dela.

A felicidade nunca vem de fora de nós. O homem era feliz por causa do amor que saía dele, e a mulher era feliz por causa do amor que saía dela. Mas, no momento em que ele a tornou responsável por sua felicidade, ela deixou cair a estrela, quebrando-a, porque não podia responsabilizar-se pela felicidade dele.

Por mais que a mulher o amasse, jamais poderia fazê-lo feliz, porque nunca saberia o que se passava na mente dele. Nunca saberia quais eram as expectativas do homem, porque não poderia conhecer os sonhos dele.

Se você pegar sua felicidade e colocá-la nas mãos de outra pessoa, mais cedo ou mais tarde a verá estilhaçada. Se der sua felicidade a alguém, você a perderá. Então, se a felicidade só pode vir de dentro de nós, sendo resultado de nosso amor, nós somos os únicos responsáveis por ela. Nunca podemos tornar outra pessoa responsável por nossa felicidade, mas, quando os noivos vão à igreja para casar, a primeira coisa que fazem é trocar alianças.

Cada um está colocando sua estrela nas mãos do outro, esperando dar e receber felicidade. Por mais intenso que seja seu amor por alguém, você nunca será o que esse alguém quer que você seja. Esse é o erro que a maioria de nós comete, logo de início. Baseamos nossa felicidade em nossos parceiros, e não é assim que as coisas funcionam. Fazemos uma porção de promessas que não podemos cumprir, já nos preparando para o fracasso.
By Uelton Quirino​